terça-feira, 25 de setembro de 2012

Psy promete fazer 'Gangnam style' sem camisa caso hit alcance 1º lugar (Postado por Lucas Pinheiro)

 O cantor sul-coreano gordinho que tornou-se um fenômeno pop, liderando os downloads no iTunes da Apple e recebendo 270 milhões de visualizações no YouTube, prometeu apresentar o seu sucesso "Gangnam style" sem blusa se alcançar o primeiro lugar das paradas.

O rapper que faz a "dança cavalo" batendo os pés e atende pelo nome de Psy voltou nesta terça-feira (25) ao subúrbio de luxo de Seul que ele colocou no mapa da música mundial. "Se ficar em primeiro lugar na Billboard, então eu vou apresentar o 'Gangnam style' sem blusa em um lugar onde todos possam assistir", afirmou Psy durante entrevista coletiva, em seu retorno dos Estados Unidos.

 Gangnam é o bairro mais sofisticado da capital sul-coreana. Conhecido como a "Beverly Hills" de Seul, com ruas alinhadas com lojas de estilistas de marca e bares e restaurantes da moda.

Psy, que resume seu estilo como "vestido com classe, e dançando de forma brega", tornou-se um sucesso surpresa nos Estados Unidos, onde foi festejado em programas de entrevista e fechou um contrato com a Island Records.

O rapper, cujo nome verdadeiro é Park Jai-sang, sempre se destacou por sua esquisitice em comparação com os esbeltos e bem arrumados integrantes das bandas de garotos e garotas sul-coreanas que foram alçados à fama na Ásia e além.

 Depois de ganhar reconhecimento com um álbum de estreia em 2001, ele se meteu em várias confusões. Ele diz que foi pego fumando maconha e teve que repetir o serviço militar obrigatório depois de não ter levado a sério na primeira vez.

O cantor, de 34 anos, de idade foi criado em Gangnam e foi para a Berklee College of Music, nos Estados Unidos. Ele desistiu de uma escola de negócios nos EUA, que seus tradicionais pais esperavam que iria prepará-lo para assumir os negócios da família. Referindo-se a sua imagem, ele disse: "Honestamente, eu gosto de ser de 'segunda classe' ... Eu nasci na classe 'B'".

Seu hit, lançado em meados de julho, foi criado para ser divertido, disse. Fazendo um pouco de sua dança "montando o cavalo", Psy declarou em inglês que seu objetivo era "divertir-se pela música".

terça-feira, 18 de setembro de 2012

'Sou uma matriz. E isso não é ruim', diz Djavan, que lança disco (Postado por Lucas Pinheiro)

 São 13 as canções de "Rua dos amores", 21º álbum da carreira de Djavan, o primeiro de inéditas em cinco anos. Todas conduzidas por sensações ligadas ao amor. Ou quase todas.

"Tem um apêndice, uma música para sair um pouco desse assunto, que é 'Pode esquecer'. Uma espécie de sátira política que tentei fazer", revela ao G1 o cantor alagoano, em referência ao julgamento da ação penal 470, que reúne os 38 réus do caso do mensalão, em curso há quase um mês.

Com quase 40 anos de carreira e mais de 20 discos gravados, não seria exagero considerá-lo um dos compositores mais influentes de sua geração. Sua obra não sai das rádios, das rodinhas de violão, do repertório dos artistas da noite. Entranhada no estilo de outros artistas, é quase que um gênero à parte dentro da MPB.

"Acho isso um privilégio. Isso determina, independentemente da minha vontade, que sou uma matriz. E isso não é ruim. Se consigo influenciar as pessoas a ponto de elas terem interesse em tentar repetir o que faço, acho que é uma coisa a se louvar, e não algo digno de crítica", sentencia o cantor, que entra em turnê com o novo trabalho em novembro.

G1 — "Rua dos amores" parece reflexivo, tanto nas levadas quanto nas letras...
Djavan — É um disco que tem uma rítmica variada, como sempre. E tem uma história interligando várias sensações: corações cansados, insegurança, amores na adolescência e na maturidade. O amor é exatamente o fio condutor. E tem um apêndice, uma música para sair um pouco desse assunto, que é “Pode esquecer”. Uma espécie de sátira política que tentei fazer, e que vai se transformar a pouco numa premonição, com o andar da carruagem do Supremo (Tribunal Federal).

 G1 — Tem acompanhado o julgamento do mensalão? O que tem achado?
Djavan — Acho que o evento conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) talvez seja um dos mais importantes para a recente história política do Brasil. Porque somos um país em evolução, e cada vez mais em evidência: tem economia e democracia sólidas, por ser o líder de uma região bastante interessante e promissora, que é a América Latina. E o julgamento do mensalão, que está sendo tocado pelo Supremo é importantíssimo. E essa importância nem decorre muito do fato de quem vai ser preso, de quem vai ser punido. O evento em si, aos olhos do mundo, ratifica a democracia brasileira numa região que não é pródiga em democracia, que é a América Latina. E o Brasil está dando, neste momento, quando o mundo está de olho na gente, um exemplo de cidadania, de democracia que ombreia com os países civilizados do mundo. E essa canção eu fiz nem pensando no mensalão, porque ela foi composta há quatro meses. Mas comecei escrevendo a seguinte frase: “Na nova ordem geral de um novo comando a abstinência moral é crime hediondo”. Isso é uma coisa que vem exatamente ao encontro dessa movimentação toda. O que eu acho importante é exatamente termos um Superior Tribunal Federal independente, agindo numa democracia plena. Para mim, isso é o mais importante.

G1 — Na arte do disco, você junta fotos antigas pessoais e de momentos da sua carreira. Algum motivo especial para esta escolha?
Djavan — Isso foi ideia da Mariana Ochs, que é a designer. Achei interessante, pois chama a atenção para os fãs, que vão manusear o disco. E foi bom porque, com aquelas fotos, fiz uma viagem na minha trajetória desde a época em que jogava futebol, ainda menino, com 11 anos de idade. Em outra apareço bem pequeno, com meus três primos. Eu tinha acabado de tomar óleo de rícino, que é um purgante que se dá às crianças no Nordeste para limpar o organismo. E a “paga” para isso era tirar uma fotografia depois. Eu só tomava o purgante se fosse fotografado depois (risos). Então foi legal ver aquelas fotos reunidas, daquelas fases todas.

G1 — Você arranjou, produziu, compôs, tocou, cantou e escreveu as letras deste novo álbum. Quais são as vantagens e desvantagens de ser responsável por todos os processos de produção de um disco?
Djavan — A vantagem e a razão primordial disso acontecer é mostrar a música de maneira íntegra, pois minha música tem um cunho pessoal muito acentuado. E me livrar também de certas "saias justas”. Já aconteceu de eu pedir a talentosíssimos amigos arranjadores para fazer arranjo de uma música ou outra. Eram maravilhosos, porém inadequados para a atmosfera da canção. Como dizer isso? Como dizer “não”? Como não gravar? Aconteceu de eu gravar algumas vezes contra a minha vontade. E, em outras vezes, realmente ter que dizer “não”. A outra é que a função do produtor é especificamente importante, porque ele direciona o trabalho no final. Por exemplo: a mixagem é o momento do disco em que você determina que disco vai ser. E é o produtor quem dá essa diretriz. Você já imaginou como será se um produtor disser como vai ser meu disco, à minha revelia (risos)? Não posso imaginar uma coisa dessas.

G1 — Você tem medo de se repetir?
Djavan — Todo mundo tem. Quem tem carreiras imensas teme isso. Ao mesmo tempo, não chega exatamente a ser uma preocupação. Minha música é baseada numa diversificação. Sempre foi assim. E, por ser uma música muito pessoal, ela já tem um nível de independência acentuado. De modo que essa preocupação não é tão grande. Porque, de todo modo, persigo brutalmente a novidade. Não para não me repetir, e sim porque é a novidade que me faz feliz, que me alegra, que me traz exatamente aquela sensação de que estou trazendo uma informação nova, algum frescor. Tenho vários elementos para praticar isso: a melodia, a letra, a harmonia, o arranjo e a própria atmosfera do disco. Você quer ter, pelo menos, a ilusão de que essa repetição não se dará.

G1 — De alguma forma, "Ária" (álbum lançado por Djavan em 2010, apenas com regravações) influenciou o processo criativo destas novas composições?
Djavan — O que influenciou mais foi o caminho que percorri para chegar ao repertório de “Ária”: entrar novamente em contato com cancioneiro brasileiro. Isso foi de uma riqueza incomensurável. Reativou minha memória musical. Mas reouvir tudo isso agora foi reenergizador, digamos assim. Trouxe provavelmente alguma influência dessa audição recente para este disco novo.

G1 — Você ainda tem fôlego para viagens e longas turnês?
Djavan — Vamos ver (risos). Quanto à questão do fôlego físico, não há problema. Estou bem. Tudo normal. Falo mais sobre impetuosidade, desejo, gana para fazer. A única coisa que estou pedindo para quem está formatando minha agenda é para que eu não faça frequentemente mais do que dois shows por semana. Porque eu não quero que aquilo perca e graça. Porque aí o cansaço aparece. Enquanto tem graça, enquanto você está ali, curtindo, não tem cansaço. Ele só aparece quando a curtição vai embora.

G1 — Assim como Chico Buarque e Marisa Monte, você tem usado a internet como ferramenta de divulgação do novo disco. O que tem achado da experiência?
Djavan — A internet é um instrumento inominável para você veicular as coisas. Não só música, mas qualquer outro tipo de veiculação. A internet torna isso possível de maneira imediata e muito prática, muito tranquila. E eu estou usando a internet como ela tem que ser usada. A internet deu uma independência bem importante aos artistas. Antigamente tudo ficava concentrado na mídia tradicional. Mas isso se diluiu e tornou possível, para qualquer pessoa, divulgar seu trabalho. É democrático, atual e praticamente gratuito, digamos assim. Todas essas vantagens fazem com que essa veiculação seja aferida por todo mundo.

 G1 — O público passou a registrar shows com celulares e publicá-los em sites como o YouTube. Você acha válida esse tipo de iniciativa dos fãs? E isso pode compormeter a produção de DVDs e outros produtos audiovisuais?
Djavan — Este é o outro lado da moeda. Como eu disse, a internet é um lugar totalmente democrático. Do mesmo modo que você pode usar a internet como um instrumento de divulgação, de expansão das ideias, você também tem a possibilidade de ser invadido de uma maneira incorrigível. Não há como conter isso. Mas acho que a gente se adapta a tudo. A internet está começando ser usada, estão aprendendo a mexer neste veículo, neste instrumento. Mas isso não inviabiliza o lançamento de produtos que já existiriam sem a internet. O que você tem que fazer? Dar às pessoas que têm esse poder de filmar tudo com o celular uma qualidade melhor, que é o DVD trabalhado, com qualidade e sonorização que elas não serão capazes de captar. Ainda não há uma legislação que possa garantir ao indivíduo os direitos que lhes pertencem. O que você tem que fazer? Ir se adaptando até que essa legislação seja possível para compositores, produtores. Eles estão um pouco à mercê dessa terra de ninguém que é a internet. Mas trata-se de um veículo revolucionário. Ainda estamos aprendendo a lidar com ele. Faz parte do jogo.

G1 — O termo "novo Djavan" tem sido usado com frequência para definir novos artistas com a sua sonoridade. Você se acha um artista muito imitado?
Djavan — Todo o artista que tem um trabalho pessoal desperta uma gama variada de sensações, que vão desde a imitação à total busca pela essência daquele trabalho. A música que proponho baseia-se numa formação bem diversificada, bem distinta. O que faço advém exatamente da diversidade, que é o que mais me encanta na música, assim como na arte de um modo geral. O que faço é pessoal e provavelmente intransferível, como tudo o que tem uma origem específica. Desperta o desejo e o desafio de uma repetição através de outros focos, de outras visões. Minha música é muito usada na noite, nos bares, nos restaurantes, nas boates etc. Acho isso um privilégio. Gosto muito disso. Tem pessoas que acham que isso não é bom. Eu acho ótimo. Isso determina, independentemente da minha vontade, que eu sou uma matriz. E isso não é ruim. Se consigo influenciar as pessoas a ponto de elas terem interesse em tentar repetir o que eu faço, acho que é uma coisa a se louvar, e não algo digno de crítica. E, principalmente: isso não me afeta nem me desconfortabiliza. De modo algum.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Axé de filhos de Bell, do Chiclete com Banana, é aposta de série no YouTube (Postado por Lucas Pinheiro)

 "Meu pai ficou louco", conta ao G1 Pipo Marques, de 18 anos, sobre o dia em que ele e o irmão, Rafa, 24, disseram à família que queriam ser cantores. O patriarca Bell, líder do Chiclete com Banana, admite que ficou preocupado. "Quando eles falaram, eu e Aninha [esposa e mãe] fomos contra. Tenho experiência suficiente para saber que é uma carreira desgastante. Perdem-se os amigos e, se não tiver uma boa estrutura, acaba destruindo a família. O sucesso é uma coisa perigosa", diz Bell.

Mas os garotos insistiram no desejo, e com acompanhamento do pai, criaram a banda de axé Oito7Nove4. O nome vem do ano de nascimento de Rafa, 1987, e Pipo, 1994. Depois de doze meses de ensaios, que Bell monitorou até estar certo de que os filhos estavam "preparados". Após duas temporadas de Carnaval e micaretas no Nordeste, eles estreiam a apresentação da banda em São Paulo, nesta quinta-feira (13). O show é fechado para convidados, mas será registrado pelo serviço de vídeo online Vevo, parceiro do YouTube que fornece conteúdo de gravadoras como Sony e Universal. O show do Oito7Nove4 estará disponível posteriormente para visualização no YouTube.

A dupla é a primeira aposta do programa "Vevo lift", em estreia no Brasil. A série de vídeos para a web com novos artistas existe em outros países e já contou, por exemplo, com a cantora Jessie J e a boy band One Direction na Inglaterra. A parceria também prevê produção de videoclipes e outros shows especiais a serem marcados.

 Rafa sabe que o axé é hoje menos popular nacionalmente do que no auge do a carreira do pai, nos anos 90. "No meu ponto de vista, o sucesso dos gêneros musicas no Brasil vem em ciclos. Cada época tem um gênero que se destaca mais. Como já foi sertanejo, samba, axé, depois sertanejo novamente. Eu torço para que o axé volte a ser mais popular, ter aquela dimensão", diz. Mas eles não querem carregar o "fardo" de renovar um gênero. "A gente está começando, se é uma renovação é o público que vai dizer."

O caçula Pipo também evita cobranças. "Sempre que o pessoal fala em renovação do axé nossa perna treme [risos]. Mas gostamos da expectativa, pois mostra que temos passado uma boa impressão", comemora. Eles contam que venderam em nove dias todos os abadás para o bloco de carnaval que criaram em Salvador, o Banana Coral, em 2011. A música "Se não puder voar", maior sucesso até agora, tem mais de 1 milhão de views no YouTube.

 "Cada vez te amo mais", disco lançado em janeiro de 2012, com maior divulgação na Bahia, é baseado em axé romântico. O Oito7Nove4 também toca músicas do Chiclete Com Banana nos shows e está preparado para as comparações, conforme aviso do pai: "Filhos, vocês têm um pai famoso, e isso é um carma muito grande. Vão ter que estudar e trabalhar muito para provar que têm talento".

Rafa lembra que, antes do primeiro show, em 2011, foi pedir conselho ao pai. "Ele falou que não tinha dica nenhuma. 'Vocês viram o que eu estava fazendo durante toda a vida. A única coisa é se divertir. O resto está no subconsciente de vocês.'"

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Parecido com Leandro, primo de Leonardo forma dupla com Mattão (Postado por Lucas Pinheiro)

O gosto musical veio de família. Aos 32 anos, o primo de segundo grau dos cantores Leandro - falecido em 1998 - e Leonardo desponta no meio sertanejo. Matheus, nome artístico usado por Edevilson Ecio de Carvalho, há cerca de três meses, formou parceria com o cantor Mattão, de 61 anos, ex-parceiro de Monteiro. Com exclusividade, o G1 conversou com a dupla, que se prepara para lançar o primeiro CD e adiantou duas músicas de trabalho, "Se a saudade apertar" e "Segura batidão".

 Matheus, que é bastante parecido com Leandro, tem as mesmas origens dos primos famosos e, como eles, foi catador de tomates. Nascido e criado em Goianápolis, no interior de Goiás, o cantor, caçula de nove irmãos, é de família humilde e mora apenas com a mãe, que é prima da mãe de Leandro e Leonardo. O pai faleceu no ano passado.

“A minha família é simples. Meu pai teve que se aposentar por invalidez aos 25 anos, devido a um problema na coluna. Então, tudo ficou ainda mais difícil. Desde menino, sempre trabalhei na roça e a minha primeira bicicleta só consegui ter depois que comecei a trabalhar”, relata Matheus.

Cantar, para ele, sempre foi um sonho com grandes dificuldades para alcançá-lo. Ele começou a cantar com o irmão, mas a parceria não foi para frente, porque, segundo ele, não era o que o irmão queria. A segunda formação foi com um amigo e também não deu certo. Sozinho, ele fazia algumas apresentações em bares, restaurantes e aniversários na cidade.

Assim como Leandro e Leonardo, Matheus também trabalhou em plantações de tomate desde os 12 anos de idade: “Colhia, mas não era para nós não, era para os outros”, relembra. Para ele, o trabalho desde cedo o ajudou a consolidar os seus desejos. “Talvez, se eu não tivesse passado por tudo isso, não estaria aqui agora, não teria conseguido o que eu queria e até além do que estava esperando. Isso porque eu tive de ir atrás”, afirma.

 Numerólogo aprova parceria
A dupla se formou em maio deste ano após a ruptura de 32 anos da parceria entre Mattão e Monteiro, conhecidos pelo sertanejo raiz. Segundo Mattão, o fim da dupla se deu após sucessivos desentendimentos entre os dois. Para ele, houve um desgaste na relação de trabalho dos dois.

No dia seguinte em que a dupla acabou, em maio, Mattão conheceu Matheus, que faz a primeira voz. O jovem foi apresentado ao cantor pelo, hoje empresário da dupla, Walter Prado. O empresário, que também é numerólogo, conta que já fazia trabalhos para Mattão há cerca de um ano, época em que conheceu Matheus fazendo uma participação em uma casa de shows em Goiânia. Walter lembra que, na ocasião, pegou as datas de nascimento dos dois e fez um estudo para saber sobre o futuro da carreira. Só então, segundo ele, pensou na possibilidade de uni-los, visto que as conclusões sobre o estudo foram positivas.

Esperançoso para dar início à carreira, Matheus, que já usava este nome antes da parceria, ficou durante todo este tempo entrando em contato com Walter: “Ele ficou me ignorando esse tempo todo. Dizia para eu esperar”, recorda-se Matheus. Assim que soube do fim da dupla Mattão e Monteiro, Walter entrou em contato e apresentou Matheus ao seu novo parceiro de trabalho.

 Parentes famosos
Matheus tem pouco contato com a família de Leonardo, mas, segundo Walter, nas vezes em que se encontraram, o jovem foi muito bem recebido. “Já estivemos no escritório dele para deixar alguns materiais da campanha e ele nos recebeu com muita emoção”, diz Walter Prado. “Ele já até elogiou minha voz e disse que sou bom em modão”, acrescenta Matheus.

Sobre a semelhança com Leandro, Matheus brinca: “Tem gente que se assusta, pensa que ele voltou. Para ele, esta semelhança e o parentesco com uma dupla de grande sucesso não devem ser o motivo do reconhecimento de sua carreira. “Gosto muito disso. Sou muito fã deles, sempre fui. Eles sempre foram minha inspiração. Por outro lado, é um privilégio e uma responsabilidade muito grande. Sei que comparações serão inevitáveis, mas quero ter a minha própria carreira”, adianta.

 Diferença de idade
Com uma diferença de idade e de experiência de 32 anos, Mattão se diz empolgado com a nova fase profissional e acredita no sucesso da dupla: “Não formei essa dupla só porque ele é primo do Leonardo. Já tenho um grande nome que construí durante todos esses anos. Montei a parceria pela formação dele, acredito nisso e no potencial dele”, explicou.

Segundo Mattão, esse encontro de gerações é completamente positivo em uma relação de trabalho. “Muita gente me pergunta se ele é meu filho, mas eu não ligo e também não pensamos nas críticas sobre isso e nem em parar. Na verdade, funciona assim: eu levo a experiência e ele traz a juventude, a inovação”, esclarece Mattão.

Questionado sobre a onda de cantores jovens surgindo freneticamente com músicas dançantes do chamado “sertanejo universitário” e arrocha, Matheus diz que gosta, mas seu estilo sempre foi o modão. “Na verdade, é uma mistura que não atrapalha a outra”, diz.

Apesar do novo estilo ainda soar como novidade para um cantor da década de 80, Mattão disse estar adaptado às mudanças e não encara as novas duplas como ameaça ao seu estilo musical. “Eu não discrimino nenhum estilo. O sertanejo universitário veio para aproximar os jovens do sertanejo como um todo. Você vê que hoje os shows têm muitas duplas novas, mas sempre tem dois ou três do sertanejo raiz, romântico. Então, fico despreocupado porque é um segmento que não vai morrer nunca”, ressalta.

Shows e CD
O primeiro show da nova dupla aconteceu no último dia 10 de junho, em uma exposição agropecuária da cidade de Bela Vista, a 45 km de Goiânia. Nesta apresentação, a dupla anunciou ao público a nova formação. Segundo eles, a parceria teve boa aceitação: “Nós tivemos uma boa receptividade, muitos até gritaram pelo nome do Leandro, porque eu costumo falar que Matheus é primo dele”.

Mesmo recente, a dupla conta que já está com muitos shows agendados até o final do ano. Serão, pelo menos, 40 apresentações de outubro até o início de janeiro. Na noite de domingo (9), em Trindade, na Região Metropolitana, a convite de Leonardo, Mattão e Matheus se apresentaram pela primeira vez com o sertanejo.

 O CD de Mattão e Matheus, que deverá ficar pronto até o fim do mês deste mês, terá 12 faixas, entre sucessos antigos e duas canções inéditas.

Ansioso com a nova fase, Matheus já pensa no que irá fazer com o dinheiro dos shows. “Não penso só nisso, mas precisamos de dinheiro. Ainda não estou ganhando tanto, mas assim que começar, quero arrumar a casa da minha mãe, porque só somos eu e ela, que já está bem velhinha, e dar uma estabilidade para ela. Meus irmãos já não moram mais com a gente. Eu já tenho um carro, mas pretendo trocar também”, planeja.