sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Chaco brasileiro: uma riqueza sul-mato-grossense
 

Por Aline Peixoto e Lívia Catanho

(Postado pela Fundação Portal do Pantanal)

 Fonte: Post de Adriel.mesquita em 26/out, 2012 | 

 
 
 
 
 
 
 
 
O Chaco é um tipo de vegetação onde predominam plantas com folhas relativamente pequenas providas geralmente de espinhos, sendo comuns espécies de quebrachos, barreirinho, labão, palo santo, além de cactos e bromélias. O solo onde a vegetação é encontrada é caracterizado por drenagem lenta ocasionando o encharcamento do terreno após as chuvas.
Na América do Sul a vegetação conta com uma área superior a 800.000 km² de extensão, compreendendo países como a Argentina (norte), Paraguai (centro e oeste), Bolívia (sul) e uma a uma pequena faixa do Brasil, situada no sudoeste de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal.
A professora doutora de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Ângela Sartori afirma, “Porto Murtinho é o município com as maiores manchas dessa vegetação. Ela é única no Pantanal e no Brasil, ou seja, em nenhum lugar do Brasil o conjunto de plantas e os organismos relacionados se fará como no Chaco de Porto Murtinho”.
Em razão dessa exclusividade concedida à região sul-mato-grossense pela natureza e da pouca distribuição na biodiversidade brasileira, o lugar atrai os olhares de diversos estudiosos que busca conhecer este bioma único e ainda pouco explorado, como é o caso do projeto de pesquisa “Leguminosae do Chaco brasileiro: Sistemática, Diversidade, Fenologia e Adaptações” feito pelo grupo de biologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenado pela própria doutora Ângela Sartori. O grupo de botânicos visa estudar representantes de leguminosas do Chaco brasileiro sob o aspecto morfológico, fisiológico, ecológico, citogenético e molecular.
De acordo com Sartori, a primeira pesquisa feita na região chaqueana foi iniciada em 2004 e serviu de estímulo para o desenvolvimento de outras já concluídas ou em andamento. O projeto “Leguminosae do Chaco brasileiro”, por exemplo, já conseguiu, ao longo do tempo, registrar cerca de 70 espécies de leguminosas na região com registro de ocorrência preferencial de algumas delas para o chaco.
“O projeto está em fase final e diferentes estudos estão sendo concluídos. Para determinadas espécies foram efetuadas investigações sobre o sistema subterrâneo, polinizadores, período de floração e frutificação das espécies além de estudos moleculares. Os dados estão sendo analisados”, detalha Ângela Sartori.
A pesquisadora vai além das análises científicas e explica a importância dos estudos para a população como um todo, embora muitas pessoas não saibam ao menos da existência de uma vegetação como essa. “O Chaco encontra-se ameaçado devido à crescente ação antrópica que vem promovendo a décadas o desmatamento das áreas nativas, e somente conhecendo a área e que será possível propor alternativas para a preservação do bioma”, alerta ela.
O que trocando em miúdos significa que a depredação humana para uso da pecuária de corte em Mato Grosso do Sul, é a principal ameaça para a extinção desse sistema rico em biodiversidade. Para que isso não aconteça, é essencial que se entenda melhor essa vegetação, para que assim possam ser propostas medidas de conservação com maior critério e segurança.
Para o andamento das pesquisas o “Leguminosae do Chaco brasileiro” conta com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto atraiu o interesse de outras instituições e hoje mantêm parceira com docentes e pós-graduandos do Departamento de Botânica da Universidade de Campinhas (Unicamp).
Atualmente o projeto compreende uma equipe de 25 pessoas, dentre eles: pesquisadores docentes do Programa de pós-graduação em Biologia Vegetal do laboratório de Botânica da UFMS e do Programa de pós-graduação em Biologia Vegetal da Unicamp. Além de discentes de iniciação científica, mestrandos e doutorandos.
Chaco
A palavra chaco vem do idioma quíchua e significa terra de caça. O chaco é uma área que abriga grande diversidade de habitats, com extensas áreas planas, serras, rios de grande extensões que cortam desde savanas secas e brejos até grandes extensões de florestas. Em decorrência desse ecossistemas variado no Chaco é possível encontrar uma infinidade de espécies, que inclui animais como a onça-pintada, anta, cervo, tatu, tamanduá, ema, seriema, garça e o porco selvagem.

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PIB de Mato Grosso do Sul registrou aumento de R$ 5.229 bilhões em 2012

Dados são de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Agropecuária foi o setor que mais teve aumento e indústria registrou queda.

Mato Grosso do Sul tem seis cidades no top 100 do PIB da agropecuária em 2011 (Foto: Anderson Viegas/G1 MS) 
Agropecuária foi o setor que mais contribuiu para
aumento do PIB (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)

O Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul foi de R$ 54.471 bilhões em 2012, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14). Segundo o levantamento, o estado é o 16º que mais contribuiu com o PIB nacional, representando 1,2% do Produto Interno Bruto do país.
De acordo com o IBGE, o estado registrou um aumento de R$ 5.229 bilhões em relação ao ano de 2011, quando o PIB registrado foi de R$ 49.242 bilhões. O IBGE ainda mediu o PIB per capita de MS, que contabilizou o total de R$ 21.744,32 bilhões.
Conforme consta na pesquisa, o setor de atividade que mais contribuiu para o crescimento do PIB foi agropecuária, com aumento de R$ 1.275 bilhões, o que representa 0,6% comparado ao ano de 2011. Já a área de serviços de informação registrou queda de R$ 50 bilhões, representando 0,1% a menos do que ano anterior.
Em relação a participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto a preços básicos por estado, o setor que mais contribuiu para a economia de Mato Grosso do Sul foi agropecuária, com aumento de 1,4%, enquanto o setor de indústria registrou queda de 1,1%.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

POPULAÇÃO INDÍGENA DE AMAMBAI

Amambai Possui três aldeias indígenas nos limites do município, com uma população de aproximadamente 7988 indígenas segundo dados da Funasa no ano de 2006.
(Aldeia Amambai, Limão Verde e Jaguari)

Município de Amambai

O município de Amambai está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, á sudoeste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Dourados) e próximo da fronteira com o Paraguai. Possui latitude de 23º06’15” Sul e longitude de 55°13’33” Oeste. Localiza-se a 1.517 km de Brasília, 382 Km de Campo Grande, capital do Estado, sendo asfaltados os acessos de Ponta Porã a Amambai (90 km), de Mundo Novo a Amambai (168 km) e de Caarapó a Amambai (85 km).

População: 35.523 habitantes (Estimativa IBGE 2012) Área da unidade territorial (Km²): 4.202,335 Densidade Demográfica (hab/Km²): 8,26 Gentílico: amambaiense

Geografia física:
• Solo de terra roxa.
• Situa-se numa região de relevo levemente ondulado, estando a uma altitude de 480 metros.
• Está sob influência clima tropical (AW) com média de 22ºC.
• Está sob influência da Bacia do Rio da Prata.
• Predomina os “Campos de Vacaria “ e “ Mata de Dourados “


Geografia política Fuso horário:
• Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação a Grenwith.

Área:
• Ocupa uma superfície de 4 202,298 km².

Subdivisões:
• Possui três aldeias indígenas nos limites do município, com uma população de aproximadamente 7988 indígenas segundo dados da Funasa no ano de 2006.

(Aldeia Amambai, Limão Verde e Jaguari)
Arredores:
• Pertence a faixa de fronteira com o Paraguai, limitando-se com os municípios de Coronel Sapucaia, Tacuru, Aral Moreira, Ponta Porã, Caarapó, Juty e Iguatemi.

Economia e infraestrutura:
No estado o município está em 16º lugar no ranking estadual de arrecadação. Possui cerca de 500 pequenas e médias empresas.

Agropecuária:
A agricultura e a pecuária são mais desenvolvidas, sendo a maior fonte econômica.
Pecuária: rebanho de 350 mil bovinos
Arrecadação (ICMS 2001 setor pecuária): 1 milhão e 750 mil reais
Agricultura: 30 mil ha cultivados
Suinocultura: 2.200 matrizes alojadas com uma produção anual de 44 mil leitões, é o 4º pólo estadual de suinocultura
Avicultura: produção anual de 4 milhões e 160 mil aves

Centro de zona B:
• Amambai, com cerca de 40 mil habitantes e 2 relacionamento direto, é um Centro de Zona B. Nível formado por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares.


Acessos:
Possui variada malha viária formada pelas seguintes rodovias:
MS 156 (Caarapó - Amambai – Tacuru);
MS 165 (Paranhos – Coronel Sapucaia);
MS 286 (Amambai – Aral Moreira);
MS 289 (Amambai – Coronel Sapucaia);
MS 295 (Amambai – Paranhos).
MS 386 (Ponta Porã - Amambai – Eldorado)


Comunicações:
• Possui linhas de telefone, rádio, jornal, correio, acesso via satélite à TV Morena e mais quatro canais através de repetidoras.


Forças armadas: Comando do Exército
3ª Del SM/30ª CSM - 3ª Delegacia do Serviço Militar da 30ª C S M
17º R C Mec - 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado


Bancos:
• O setor financeiro caracteriza-se por 5 agências instaladas.

(Banco do Brasil - Caixa Econômica - Bradesco - HSBC - Sicredi)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Projeto Guavirando propõe plantio de guavira na Aldeia Amambai

Fonte: Da Redação com informações Abrasel
A guavira também é conhecida como gabiroba.A guavira também é conhecida como gabiroba.
A guavira, fruta sul-mato-grossense que floresce de setembro a novembro e tem a maturação dos frutos de outubro a dezembro, está em época, levando muitas pessoas ao campo, com uma sacolinha na mão, colher a fruta tanto para consumo próprio, quanto para venda.
Também conhecida como gabiroba, é uma palavra de origem guarani, que significa "árvore de casca amarga". Ganhou este nome provavelmente porque os índios faziam uso de suas propriedades medicinais.
Além de sua ação adstringente e antidiarreica, a infusão das folhas em banhos de imersão é relaxante para aliviar dores musculares.
A guavira nasce em um arbusto que varia de 0,20 a 1,50 metros de altura. O fruto por fora lembra uma goiabinha, mas o sabor é totalmente diferente de qualquer outro fruto. Os frutos maduros têm um curto período para serem aproveitados (5 a 7 dias), porque passa do ponto.
Guaviras colhidas pelo amambaiense Aristides Rodrigues Nunes Rodrigues.Guaviras colhidas pelo amambaiense Aristides Rodrigues Nunes Rodrigues.
Risco de extinção
Antigamente a guavira era a planta mais encontrada no cerrado sul-mato-grossense. Era comum encontrá-las na beira da estrada e até mesmo pertinho das residências, em terrenos desabitados. Mas nos últimos cinquenta anos, quase todo o cerrado foi destruído para o plantio de soja, milho e pela limpeza de áreas de pastagem, eliminando a maioria dos guavirais.
Outra preocupação é de que quase não existem plantações comerciais da guavira. Os frutos são colhidos pelas pessoas em grandes quantidades e não há preocupação em replantar as sementes, fora o grande volume consumido pelo gado. Caso não sejam desenvolvidos trabalhos de conscientização e replantio de mudas, a fruta pode ser extinta do cerrado sul-mato-grossense.
Licor de guavira produzido pelo professor Edirler Vieira. Licor de guavira produzido pelo professor Edirler Vieira.
É muito fácil plantar guavira, ela não é exigente quanto ao solo crescendo inclusive em terrenos pobres. Podem ser plantadas em canteiros no seu quintal.
Guavirando
O professor Edirlei Viana Vieira, coordenador na escola Guarani estadual, realiza na aldeia um projeto chamado Guavirando. A intenção do projeto é produzir mudas para o plantio dentro da aldeia, distribuindo para que os alunos plantem em suas casas.
“A fruta está em extinção, nosso objetivo é fazer com que elas não acabem e tenhamos para consumo e venda”, conta ele.
Edirlei utiliza a fruta para fazer licor, sorvete, geladinho e até mesmo picolé e conta que o amambaiense não dá o devido valor ao seu fruto, afirmando que o certo seria cada morador manter uma dessas plantas em casa.
Ismael Morel colhendo guaviras.Ismael Morel colhendo guaviras.
Curiosidades
Já ouviu falar que em época de guavira dá muita cobra? Provavelmente isto acontece porque as frutinhas atraem diversas espécies de pássaros, atraindo por sua vez as cobras que se alimentam de pássaros. Outra lenda dos mais antigos é que isto seria dito por maridos ciumentos para evitar que as mulheres saíssem no mato sozinhas para colher os frutos.
“Certa vez fomos catar guavira em uma área militar aqui de Amambai. Fui preso por um monte de soldados do exército, que me revistaram, ficando eu e meus alunos na mira de fuzis. Então chegou um cara do Rio de Janeiro e me disse gritando em voz alta: “Cadê essa tal de guavira, será que essa fruta é tão gostosa a ponto de vocês arriscarem a vida por ela?”. Nem me dei ao trabalho de responder, estávamos no meio do guaviral com cinco baldes de guavira e ele não percebeu”, conta Ismael Morel, professor de Amambai. 

FONTE: AMAMBAI NOTÍCIAS

www.amambainoticias.com.br/
(15) Comentários
boa tarde gostaria de fazer contato com pessoas interessadas em fazer troca de sementes entre regioes do brasil , moro no RJ e tenho interesse de trocar sementes de frutiferas da mata ATLANTICA por sementes de outras regioes pesqueirarui6@gmail.com


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