Lady Gaga quebrou o protocolo, ainda que brevemente, na noite deste domingo (11) em São Paulo. No Estádio do Morumbi, onde se apresentou para 50 mil pessoas, a cantora fugiu do engessado roteiro de seu show para, a pedido dos fãs, tocar duas músicas que geralmente não dão as caras no repertório da turnê "Born this way ball". A ocasião também ficou marcada por um momento desagradável, quando um fã acertou a americana no rosto com um objeto, gerando vaias do público e deixando-a assustada por um instante.
Nada que tirasse o foco do que mais importava ali, afinal: o espetáculo em si, que foi bem parecido com aquele visto pelo G1 em Porto Rico no fim de outubro, com exceção da passarela que invadia a pista e deixava a cantora ainda mais próxima de seus fãs. Aos 26 anos, Gaga pisou pela primeira vez em São Paulo – ela havia tocado no Rio na sexta (9) e ainda se apresenta em Porto Alegre na terça (13) – para promover o segundo álbum de sua carreira. Cheio de hits e com muita falação e conversa com fãs, o show começou por volta das 21h no local, bem no momento em que a chuva dava trégua de uma vez por todas e após as apresentações de Lady Starlight e da banda britânica The Darkness.
A apresentação de Lady Gaga segue um roteiro extremamente bem ensaiado e rígido, e é raro vê-la um pouco mais solta e espontânea. Isso vale desde o momento em que o castelo – o cenário da atual turnê – aparece pela primeira vez para a plateia, quando ela toca "Highway unicorn" e, logo em seguida, engata "Government hooker", até ela encerrar o show com "Marry the night" às 23h40, já no bis, com o auxílio de alguns fãs que ela convoca para o palco. No miolo de tudo, vemos momentos marcantes como Gaga "nascendo" de uma vagina inflável gigante para cantar, claro, "Born this way", ou ainda quando ela é colocada por seus dançarinos em um moedor de carne.
Portanto, observá-la emocionada ao ler uma carta atirada por um fã no palco, por exemplo, é refrescante. Mais refrescante ainda foi poder ouvi-la tocando "Princess die" e "The queen" a pedido dos fãs que estavam a seu lado quando ela executou "Hair" somente com voz e piano. "Sou a garota mais sortuda da Terra. A maioria dos artistas precisa de 10 anos para encher um estádio e eu estou por aí há somente quatro", disse, referindo-se à sua breve carreira no universo pop e ao Estádio do Morumbi que, de fato, estava bastante cheio.
Momentos antes, quando, sentada no palco ao lado de alguns fãs, abria os presentes que o público jogava ao seu redor, Lady Gaga foi acertada no rosto por um objeto lançado por alguém da pista. Ela, então, assustada, levantou rapidamente e arrumou seu cabelo. Parte da plateia começou a vaiar, algo que foi repreendido pela cantora. "Não. Não façam isso. Eu estou bem!", afirmou, retomando sua apresentação.
Não dá para assistir a um show da cantora pop e deixar de perceber como ela se esforça para "descer" um degrau e chegar ao nível dos fãs. Ela conta dezenas de histórias, lembrando que já foi como todos que estão ali e conversa com o público como se estivesse falando individualmente com cada de seus "little monsters" – apelido que ela deu aos adoradores de suas canções. Os discursos, entretanto, são bastante ensaiados e pouco espontâneos, o que não quer dizer que não sejam sinceros.
Também não deixa de ser surpreendente a quantidade e a beleza de figurinos usados pela americana (algo em torno de 18), assim como a rapidez com que ela os troca nos bastidores antes de surgir no palco novamente. Gaga não é uma grande dançarina mas, ao contrário da crença popular, sabe mesmo cantar, ainda que sua voz esteja "escondida" entre tantos elementos instrumentais que, vale dizer, são quase sempre executados ao vivo por uma excelente banda.
É bom poder notar que a americana parece não ter medo de ser brega. Suas várias referências e estilos estão ali para divertir, não para fazer questionar, o que é um alívio nos tempos atuais. Por causa disso, o que vale mesmo, no fim das contas, são as boas canções tocadas ao vivo e a resposta dada por seus emocionados fãs. Gaga é capaz de entregar uma performance que impressiona não apenas pela variedade em todos os sentidos, mas também pela quantidade de boas canções, como a ótima "Paparazzi", as caricatas "Yoü and I" e "Americano" e os bombásticos hits "Poker face", "Telephone", "Just dance", "The edge of glory" e "Alejandro".
Nada que tirasse o foco do que mais importava ali, afinal: o espetáculo em si, que foi bem parecido com aquele visto pelo G1 em Porto Rico no fim de outubro, com exceção da passarela que invadia a pista e deixava a cantora ainda mais próxima de seus fãs. Aos 26 anos, Gaga pisou pela primeira vez em São Paulo – ela havia tocado no Rio na sexta (9) e ainda se apresenta em Porto Alegre na terça (13) – para promover o segundo álbum de sua carreira. Cheio de hits e com muita falação e conversa com fãs, o show começou por volta das 21h no local, bem no momento em que a chuva dava trégua de uma vez por todas e após as apresentações de Lady Starlight e da banda britânica The Darkness.
A apresentação de Lady Gaga segue um roteiro extremamente bem ensaiado e rígido, e é raro vê-la um pouco mais solta e espontânea. Isso vale desde o momento em que o castelo – o cenário da atual turnê – aparece pela primeira vez para a plateia, quando ela toca "Highway unicorn" e, logo em seguida, engata "Government hooker", até ela encerrar o show com "Marry the night" às 23h40, já no bis, com o auxílio de alguns fãs que ela convoca para o palco. No miolo de tudo, vemos momentos marcantes como Gaga "nascendo" de uma vagina inflável gigante para cantar, claro, "Born this way", ou ainda quando ela é colocada por seus dançarinos em um moedor de carne.
Portanto, observá-la emocionada ao ler uma carta atirada por um fã no palco, por exemplo, é refrescante. Mais refrescante ainda foi poder ouvi-la tocando "Princess die" e "The queen" a pedido dos fãs que estavam a seu lado quando ela executou "Hair" somente com voz e piano. "Sou a garota mais sortuda da Terra. A maioria dos artistas precisa de 10 anos para encher um estádio e eu estou por aí há somente quatro", disse, referindo-se à sua breve carreira no universo pop e ao Estádio do Morumbi que, de fato, estava bastante cheio.
Momentos antes, quando, sentada no palco ao lado de alguns fãs, abria os presentes que o público jogava ao seu redor, Lady Gaga foi acertada no rosto por um objeto lançado por alguém da pista. Ela, então, assustada, levantou rapidamente e arrumou seu cabelo. Parte da plateia começou a vaiar, algo que foi repreendido pela cantora. "Não. Não façam isso. Eu estou bem!", afirmou, retomando sua apresentação.
Não dá para assistir a um show da cantora pop e deixar de perceber como ela se esforça para "descer" um degrau e chegar ao nível dos fãs. Ela conta dezenas de histórias, lembrando que já foi como todos que estão ali e conversa com o público como se estivesse falando individualmente com cada de seus "little monsters" – apelido que ela deu aos adoradores de suas canções. Os discursos, entretanto, são bastante ensaiados e pouco espontâneos, o que não quer dizer que não sejam sinceros.
Também não deixa de ser surpreendente a quantidade e a beleza de figurinos usados pela americana (algo em torno de 18), assim como a rapidez com que ela os troca nos bastidores antes de surgir no palco novamente. Gaga não é uma grande dançarina mas, ao contrário da crença popular, sabe mesmo cantar, ainda que sua voz esteja "escondida" entre tantos elementos instrumentais que, vale dizer, são quase sempre executados ao vivo por uma excelente banda.
É bom poder notar que a americana parece não ter medo de ser brega. Suas várias referências e estilos estão ali para divertir, não para fazer questionar, o que é um alívio nos tempos atuais. Por causa disso, o que vale mesmo, no fim das contas, são as boas canções tocadas ao vivo e a resposta dada por seus emocionados fãs. Gaga é capaz de entregar uma performance que impressiona não apenas pela variedade em todos os sentidos, mas também pela quantidade de boas canções, como a ótima "Paparazzi", as caricatas "Yoü and I" e "Americano" e os bombásticos hits "Poker face", "Telephone", "Just dance", "The edge of glory" e "Alejandro".
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